Fique de olho: Alimentos perigosos para crianças!
Mais do que
oferecer comidinhas saudáveis, é preciso avaliar aquelas que trazem algum tipo
de risco para os pequenos.
Estamos
cansados de saber que uma alimentação saudável é primordial para as crianças.
No entanto, podemos não estar cientes do perigo trazido por alguns alimentos,
que podem desencadear alergias e diarreias, por exemplo.
A dica mais
importante para que não surjam problemas é acompanhar sempre (e de perto) a
alimentação dos pequenos. Mas é bom ter em mente alguns alimentos arriscados.
Confira a lista abaixo e fique de olho!
Peixe cru
Você pode
até gostar de comida japonesa, mas evite levar a criançada para comer as
especiarias de peixe cru típicas da culinária, ok? A contaminação bacteriana e
uma possível asfixia são duas preocupações importantes nesse caso.
“O melhor é
esperar até os 5 ou 6 anos para liberar o peixe cru, uma vez que, depois dessa
idade, a mastigação e o sistema imune já estão desenvolvidos”, orienta a
nutricionista Beatriz Mastroeni.
Mel
Por essa,
muitos pais não esperavam! “O mel contém esporos do microrganismo Clostridium
botulinum, que podem causar o botulismo infantil em menores de 1 ano de idade”,
comenta a nutricionista.
Por isso,
deve-se introduzir o mel na alimentação infantil apenas após o primeiro ano,
quando os bebês já conseguem combater os esporos.
Alimentos que podem causar asfixia
Segundo
Beatriz Mastroeni, durante os primeiros anos de vida, a criança está aprendendo
a gerenciar os alimentos e ainda não tem muita noção do tamanho da porção que
ingere, o que transforma o formato, a consistência e a textura de alguns
alimentos em opções perigosas.
Alguns
exemplos são: balas duras e redondas, vegetais crus (como cenouras baby),
pedaços medianos de alimentos (como maçã ou queijo) e produtos que exigem muita
mastigação, como balinhas de gelatina.
Leite cru
O leite não
pasteurizado ou alimentos como queijos e sorvete, feitos com esse tipo de
leite, podem causar problemas como diarreia prolongada e dores de estômago nos
pequenos, além de, em casos mais graves, levarem à insuficiência renal e
paralisia.
“Isso pode
ser resultante de uma infecção causada por leite cru contaminado, uma vez que
as crianças pequenas, cujos sistemas imunitários ainda não estão totalmente
desenvolvidos, são mais suscetíveis à infecção”, lembra a nutricionista.
Por isso,
quando o bebê for fazer a transição para o leite de vaca, certifique-se de
selecionar opções de leite pasteurizado.
Açúcar
Você sabia
que os bebês nascem com uma preferência especial por sabores adocicados? E, ao
comerem doces, reforçam essa preferência no paladar.
É por essa
razão o conselho de não oferecer alimentos artificialmente doces para crianças
antes dos 2 anos de idade. É claro: isso exclui as frutas, ok?
Alergênicos
Ovos,
cítricos, soja, amendoim, leite de vaca e trigo são alimentos delicados no
início na vida, pois têm a tendência a serem mais alergênicos que o comum.
“Para evitar
o desenvolvimento de algum tipo de alergia alimentar, a dica é colocar o bebê
em contato indireto com esses tipos de alimentos através do leite materno a
partir dos 3 meses de idade”, ensina Beatriz Mastroeni.
Assim, a
partir do terceiro mês de amamentação, a mãe pode consumir moderadamente para
que anticorpos sejam transferidos para o bebê.
De acordo
com a especialista, após o aleitamento materno, no entanto, a inserção desses
alimentos na dieta deve acontecer depois do primeiro ano de idade da criança,
de forma esporádica e gradativa.
Ossos e espinhos
Se já é
perigoso para os adultos engolirem um espinho ou um osso, imagine para uma
criança! Para evitar o problema, é preciso atenção na preparação de pratos que
contenham peixe ou frango.
Procure
comprar tais carnes já limpas e desfie-as com os dedos higienizados, de forma a
sentir qualquer tipo de elemento rijo no meio do alimento.
Corantes
A maioria
dos alimentos industrializados voltados para o público infantil é carregada de
corantes e, alguns deles, podem ser especialmente perigosos.
“Amarelo
crepúsculo, Amaranto ou Vermelho bordeaux e Amarelo tartrazina são corantes
facilmente encontrados em produtos como iogurtes, biscoitos recheados,
refrigerantes, refrescos artificiais, cereais, gelatinas em pó, geleias,
xaropes infantis, balas e chicletes”, lista a nutricionista.
Dependendo
da quantidade ingerida, podem levar a alergias, problemas respiratórias,
irritações gástricas, problemas de pele, hiperatividade e aumento da
predisposição para alguns tipos de câncer.
Por isso,
prefira alimentos com corantes naturais, como urucum (colorau) e cúrcuma.